Borboletas são tão bonitas, que ao olharmos uma a voar, esquecemos dos problemas dos humanos, num espetáculo pleno e único... É como se entrássemos num outro universo. Os carros, são pássaros no ar. Os sinais são árvores ou pontas de muro, onde descansam e cantam. As casas humanas não existem mais, agora, são casas em árvores, de João-de-barro, ou casulos de borboletas. As buzinas, campainhas, alarmes, telefones e outros barulhos perturbadores, agora soam levemente, em meus ouvidos, que numa orquestra não ensaiada, num canto desalinhado e lindo, me acalenta. Contas a pagar, agora são a decisão de qual será o próximo vôo e onde achar. Não sei, sei apenas que sigo sem rumo, ora atrás de borboletas, ora atrás de mim. Tentando encontrar sentido em tudo que eu conheço todo dia, novamente.
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